A soma da crise do COVID com a atual crise no petróleo levou o preço do Ibovespa a cair 24% em três dias. Essa é a maior queda desde 2008 e trouxe pânico para o mercado local. O medo de permanecer comprado em um cenário incerto leva ao fechamento deposições de longo prazo após um ótimo ano de Ralli para o mercado Brasileiro.
Temos dois fatores relevantes, o aumento crescente de vítimas do COVID, onde diariamente temos aumento significativo de casos confirmados e mortes, agora muito mais fora da China, em um cenário que não há expectativa de cura tão rapidamente, apenas prevenção. O isolamento em diversas cidades em diversos países afeta diretamente a produção e exportação/importação de produtos em diversos setores do mercado.
O segundo fator é os maiores produtores de petróleo no mundo terem votado na OPEC para o aumento da produção de petróleo, tendo em vista as tensões provocadas pelo vírus, mais um booster na queda do preço referente aos descontos anunciados pela Arábia. A agencia internacional de energia prevê uma demanda de 90000 barris/dia de petróleo esse ano. O preço baixo do petróleo favorece diretamente a Russia e a Arabia Saudita, os quais tem um custo extremamente baixo de extração, desta maneira, tirando a fatia do mercado de países como EUA, no qual tem um custo maior de extração.
Hoje o mercado pode vir a subir a partir da abertura, já temos SPX e Nikkei e DAX amanhecendo positivas, demonstrando um dia de recuperação. No gráfico paramos em suporte aos 86000 pontos, ainda com suporte semanal em 71000. A resistência mais próxima está em 98000 e os 50% da retração fibonacci está em 78000.
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